quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Inclusão das Culturas Juvenis na Escola


Os jovens que frequentam a escola, hoje, são jovens que respiram músicas, danças, jeitos, gostos, informaçãos muito variadas, num dinamismo incessante. Por que este dinamismo precisa ficar do lado de fora da escola? Será que ele não pode ser valorizado pela escola?

Podemos nos valer de uma ferramenta que tem um papel importante na ação educacional: o currículo escolar. Este pode-se mostrar como um território vasto para a valorização das identidades juvenis e, por conseguinte, de suas culturas, como o rock and roll, o funk, o punk e o hip hop, garantindo ao alunado maior significação e valorização de seus saberes.

Um exemplo de como é possível, através do currículo escolar, de se reconhecer/conviver/valorizar as múltiplas identidades culturais da juventude é o que ocorre na escola Promorar, em Igrejinha (RS). Nela, surgiu a proposta de criação do projeto hip hop com os objetivos principais de se eliminar os preconceitos e quebrar as barreiras presentes no planejamento das aulas e principalmente no relacionamento escola/aluno.

A partir do hip hop, os alunos ensaiam coreografias, compõem músicas, assitem a vídeos e discutem com mais maturidade os problemas sociais, como o desemprego, a pobreza, a falta de oportunidades e a desestrutura familiar.
Com essa valorização, a manifestação cultural dos jovens passa a ter um caráter identitário, em que há um reflexo do desejo de construção de uma identidade própria e de querer solucionar as injustiças sociais.

Dessa forma, com a devida inclusão/valorização das culturas juvenis é possível se ter uma escola diferente, que na sua proposta pedagógica inclua todos os envolvidos sem distinção e preconceito.

1ª Imagem disponível em:
www.kaneoya.com.br
2ª Imagem disponível em: www.mundojovem.com.br

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Inclusão Escolar de Alunos com Deficiência Auditiva


Deficiência auditiva é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.

No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos es
tímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Para tanto, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.

Na educação, as escolas comuns devem adaptar-se à diversidade dos seus alunos (Sassaki, 1997). Sob este aspecto, há o direito do indivíduo surdo de integrar-se e exercer sua cidadania e, há sua potencialidade de realização, que se constitui em promessa na exata medida da condição sócio-econômico-cultural da sua família.


A inclusão de surdos na rede regular de ensino, objetiva colocar a criança em condições sociais de vincular-se aos ouvintes, explorando ao máximo suas condições sócio-cognitivas para o acesso aos bens culturais, no qual o currículo necessita ser elaborado com metodologia que atenda de forma particular essas crianças respeitando suas peculiaridades.

A inclusão pressupõe acompanhamento, portanto, para o desenvolvimento da criança surda na rede regular de ensino, deve-se considerar a necessidade da capacitação dos professores para este trabalho. Para tal, esse professor deve ter conhecimento dos novos paradigmas de avaliação, bem como de métodos e técnicas adequados para a realização de um trabalho sistemático e contínuo de acompanhamento.


Portanto, mais do que se certificar da aprendizagem é necessário utilizar métodos que permitam à tomada de decisão. A imagem construída do surdo pela sociedade (ouvinte) é de que ele não é capaz. Na medida em que cada profissional atuar em sua área sem interferir na do outro, o trabalho com o ser surdo e/ou parcialmente surdo fluirá muito melhor e com certeza será possível constatar sua competência. Jamais se imaginou que o problema maior não é a deficiência em si, e sim, a desinformação de grande parte da sociedade.


1ª Imagem disponível em: professorjonathascarvalho.blogspot.com
2ª Imagem disponível em: www.colegiomodulo.com.br